A Regra do Olhar
A Regra do Olhar diz que quando fotografamos uma pessoa, devemos deixar um espaço, na direção em que o protagonista estiver olhando.
Deixar este espaço produz a ilusão de que o sujeito está observando alguma coisa, mesmo que não apareça, despertando assim interesse no observador.

Consequentemente, êste inevitavelmente olhará para onde o sujeito da imagem o faz. Isto permite que possamos colocar ali outro elemento sobre o qual queremos chamar a atenção.
1.- Que é a Regra do Olhar?
É uma das principais regras de composição fotográfica e consiste, em respeitar a direção em que o modelo da nossa fotografia está olhando. Quer dizer, ao enquadrar uma fotografia, deveríamos deixar mais espaço na frente do sujeito do que atrás dele.
Isso independentemente, de quão amplo ou estreito, seja o enquadramento geral dos outros elementos que acompanham ao sujeito da nossa fotografia. Se vamos respeitar a Regra do Olhar, devemos deixar espaço para que o sujeito possa olhar.
Embora esse espaço, aparentemente seja vazio de significado, porque não há nada nele, ou porque os elementos dessa área da imagem estão fora de foco.
Que conseguimos fazendo isso? Poderemos dar força expressiva ao sujeito que aparece em nossa fotografia. Respeitando seu olhar daremos interesse à ação que o protagonista faz, à sua ação de olhar.

Respeitando essa regra básica de composição, e fazendo bem nossa composição, chamaremos a atenção de quem vê a imagem, sobre o que está olhando o protagonista.
Assim faremos com que o espectador acompanhe esse espaço, procurando o que o protagonista olha, mesmo que isso não apareça na fotografia.
2.- Uso da Regra do Olhar nas fotografias
Quando fazemos uma fotografia de uma pessoa ou um animal, os olhos são o elemento que mais relevância tem. É por isso muito importante saber como manejar este elemento em nossa fotografia, e tirar o máximo proveito da expressividade.

Para isso, temos uma das regra básicas de composição, que é a Regra do Olhar. Mas também existem outras considerações, que devemos conhecer e usar corretamente, porque nos ajudarão muito a melhorar nossas fotografias.
Algumas de essas consideraçoes poden ser:
- Os enquadres perfeitos
- Aprveitar ao máximo a luz natural
- Usar sempre a improvisação e nossa creatividade
- Captar sempre o comportamento natural, sem ficção, do sujeito
- Habilidade escolhendo horarios e aproveitar efeitos da luz natural
- Conhecer perfeitamente nossa câmera, e tê-la sempre pronta
- E outros muitos maçetes, recursos, e hábitos do bom fotografo
3.- Quando e por que quebrar essa regra?
Sabemos que as regras de composição, realmente não são regras fixas. Elas são guias ou pautas, que nos ajudam a criar composições agradáveis aos nossos olhos.
No entanto, devemos ser cientes de que cada fotografia é uma coisa única, e portanto, as regras gerais não funcionarão da mesma forma em todos os casos.
Mesmo que na maioria das fotografias que fazemos seguindo essas regras, sejam fotografias com composição correta, pode acontecer que seguindo à risca uma regra de composição, criemos uma imagem pouco expressiva.
Por esse motivo, é importante ter nosso critério corretamente desenvolvido, para saber quando e porque, é adequado quebrar uma Regras de Composição para obter a melhor fotografia.
Falando sobre a Regra do Olhar em fotografias, seguem dois situações como exemplos, em que poderia interessar a você quebrar a Regra do Olhar:
- Quando não quiser que o protaginista olhe alguma coisa. Deixe mais espaço na área traseira do sujeito, isso dará a sensação de que ele vira as costas para alguma coisa, rejeitando algo, se afastando ou fugindo. Se quiser transmitir esses sentimentos em uma fotografia, quebrar a Regra do Olhar vai ajudá-lo.
- Quando quiser criar desconforto em quem olha a fotografia, por qualquer motivo. O olhos do espectador da fotografia, seguem a trajetória natural do olhar da pessoa fotografada. Se você interrompe esse movimento, pode criar perplexidade no espectador. Portanto, se é isso o quer produzir em suas fotografias, mais uma vez, quebrar a Regra do Olhar vai ajudá-lo.

4.- E quando o protagonista olha diretamente à câmera?
Até aquí, falamos de como maneja os looks quando precisamos trabalhar com eles em uma fotografia. Mas, estamos cientes das repercussões que um olhar tem sobre a fotografia, dependendo de como seja?
Podería ser o exemplo de quando o sujeito fotografado olha diretamente para a câmera. Sendo esta a situçao, o que acontece é que a pessoa que faz a fotografia, fica olhada pelo protagonista. Isso evidencía para quem observa a fotografia, que por uns instantes, cruzaram olhares fotografo e protagonista.
Portanto, quando alguém olha diretamente para você desde uma fotografia, resulta-lhe impossível ver a foto sem mais. Você se sinte "interposto" no caminho do olhar entre fotografo e fotografado.
Quer dizer, esse retrato não foi um daqueles "roubados", não existe nele nada artificial. Na hora de captar essa fotografia, ambas pessoas estiveram perfetamente de acordo.
Também pode acontecer que seja um animal que ao descobrir que alguem está observando ele, fique atento e concentrado na pessoa que o está fotografando. Igualmente fica essa sensação no observador da fotografia, de que o bicho e o fotografo, se olharam por uns instantes.
Alem disso, a pessoa que observa a fotografia de uma pessoa que esteja olhando para a câmera, automáticamente é incorporada à cena sem perceber, transformando-se em parte dela.

Assim se o que pretendemos ao criar a fotografia, é que quem veja a imagem se sinta como um espião, que observa sem ser descoverto, teremos que evitar que o interprete não olhe para a câmera.
Quando o sujeito olha diretamente para a câmera, gera na imagem uma sensação, um poder. A fotografia está a dizer para o observador "e aí? Você está-me vendo mas eu também te vejo".
5.- E se o sujeito olha alguma coisa dentro do enquadramento?
Que consequências há quando o sujeito olha algo dentro do quadro? Bom! Sabemos que, quando vemos que o sujeito em uma fotografia, está olhando para algo, nossos olhos buscarão o que é. Se o objeto não estiver dentro da imagem, o olho do espectador simplesmente vagara no espaço.
A fotografia terá criado uma sensação no espectador, como se estiver lendo uma historia que fica cortada. Que acaba sem mostrar uma conclusão clara deixando a pergunta, o que captou a atenção do protagonista?

Mas, se colocarmos dentro do enquadramento, o que o sujeito está vendo, estaremos contando a história toda. Alem disso, estaremos gerando uma forte conexão entre o sujeito e o objeto em questão, que influênciará muito na composição da imagem. Os olhos de quem vê a imagem se deslocarão alternadamente entre o sujeito que olha e o objeto olhado.
Se conseguirmos uma boa composição desse estilo, podemos captar a atenção do espectador da fotografia, para percorrer toda a imagem e conectar as duas partes dois elementos, observador e observado.
6.- Nem sempre a Regra do Olhar requer olhos
Desde o começo deste artigo falamos sobre a importância dos olhos na fotografia, passando a falar apenas do olhar. Portanto, parece que tomamos como certo que o olhar na fotografia sempre envolverá alguns olhos na imagem.
Mas precisamos esclarecer que mesmo uma pessoa de costas, também pode gerar uma olhada. Também além de humanos e animais, há muitos elementos que também geram seu próprio olhar.

Geralmente, sempre que podemos diferenciar entre a dianteira e atraseira de um objeto inanimado, podemos "dotá-lo de olhar".
Isto é uma forma muito simples de doar a um objeto inanimado "personalidade e vida", tratá-lo como se fose um ser humano. Então, desde agora, quando você for tirar uma fotografia de um inseto, uma flor, etc., primeiro pergunte-se onde está olhando, e o que você quer transmitir com a fotografia para decidir então, o que fazer com esse olhar dentro da composição.
7.- Conclusão
Temos visto, analisado, e aplicado, as possibilidades que a Regra do Olhar nos oferece na hora de compor nossas fotografias. Realmente esta regra é uma das mais importantes dentro da composição fotográfica.
Também nos mostrou que tem recursos para aplicâ-la tanto a pessoas quanto a animais, e todo tipo de coisas. Alem de tudo mais, é um elemento com recursos quase infinitos, que permite enriquecer nossas criações fotográficas.
Assim é questão de começar a usar de forma intensiva este explendida Regra do Olhar, e praticar muito.
Espero que este artigo seja do maior proveito para vocè, e gostarei de receber seu comentario que terei prazer em responder. Ate o próximo artigo!