Como Fazer Fotografias de Ação
Como fazer fotografias de ação é uma possibilidade da Fotografia, para tirar imagens de: crianças brincando, animais de estimação, jogadas impressionantes de futebol, etc.
Este tipo de fotografias permite desfrutar muito, obtendo imagens espetaculares que mostrarão as diversas possibilidades de captar os objetos em movimento.
Ou seja, captar a fotografia: “congelando” objeto e fundo, mostrando desfocados objeto e fundo, ou “congelar” o objeto e desfocar o fundo.
O processo de como fazer fotografias de ação, é uma técnica que mesmo não sendo nada complicada, precisa praticar até pegar o jeito.

(Imagem 1) Abelha voando perto da flor, por estar em movimento ficou tremida, e suas asas não aparecem
Esta modalidade fotográfica, exige habilidade manejando as três variáveis para captar o que queremos, no curtíssimo tempo disponível:
- Velocidade do obturador
- Abertura do diafragma
- Sensibilidade ISO
Devemos considerar que muitas das coisas que fotografamos, têm movimento. Pode ser gerado pelo vento, o própio objeto, as pessoas, animais, etc.

(Imagem 2) Moto GP (Qatar) As motocicletas em alta velocidade, aparecem desfocadas.
Assim surge a necessidade de capturar esse movimento, com nossa câmera fazendo uma única fotografia e isso pode representar um desafio na maioria dos casos. Agora você está-se perguntando, mas como assim? Pois é, nessa chance somente temos duas opções geralmente:
- Tirar a fotografia tremida ou desfocada, para mostrar o movimento
- Fazer uma imagem perfeita, “congelando” o movimento do objeto
Ter sucesso capturando imagens de ação é uma mistura do conhecimento da sua câmera, da técnica, e do quanto você tenha praticado. Vejamos detalhadamente isso tudo.
1.- A velocidade do obturador (exposição)
A velocidade do obturador ou tempo de exposição, é o tempo que a luz atua sobre o sensor, gravando a imagem fotografada. Assim o tempo de exposição correto, é o que dará fotografias perfeitamente nítidas e coloridas.
Alem disso, pode-se produzir uma superexposição (tempo demais entre abertura e fechamento do diafragma), que dará uma fotografia muito clara ou “queimada”.
Ou também uma subexposição (tempo curto entre abertura e fechamento do diafragma), o que dará uma fotografia muito escura.
E por último, Ajustando corretamente a velocidade do obturador, que dará a fotografia perfeita.
Também para tirar fotografias de ação, como foi indicado, devemos praticar manejando a câmera, corrigindo erros, até conseguir boas fotografias.
Alem disso, antes de fazer as fotografias devemos estudar, a situação, a luz, a velocidade do objeto, e quantas chances de tirar essa fotografia.
Por exemplo: Na (Imagem 1), só há uma chance porque a abelha sumirá num piscar de olhos. Se fotografar uma criança, brincado com seu balão, ajuste sua câmera antecipadamente, e concentre-se em captar a melhor fotografia.
Na (Imagem 2) existem varias chances fotografando as motocicletas, porque correm num circuito fechado, e cada volta passam por nossa frente.
Na situação da (Imagem 3), somente teremos uma chance, porque no rali os carros competem num circuito fechado, porem de viagem única.
Quando fotografamos nosso cachorro, que pega a bola de tênis que jogamos, temos chances porque sempre irá pegá-la quando jogarmos.

(Imagem 3) “Vôo” produzido pelos 200 Km/h, e a mudança abruta do nível do chão (Rally da Finlândia)
1.1.- Como afeta a velocidade do obturador às fotografias
Vejamos agora como fazer fotografias de ação e como afeta a velocidade do obturador, ou seja, o tempo de exposição.
É importante entender que quando fotografamos objetos em movimento, sempre devemos relacioná-los com o tempo de exposição.
O exemplo mais simples será quando o objeto e a câmera estão parados. Quer dizer, temos a câmera num tripé e objeto parado, assim a velocidade do obturador não influência na fotografia final.
Seja 1 ou 1/2500 de segundo, vão dar um resultado semelhante, em relação à nitidez do objeto fotografado. Ou seja, se todos os elementos estão imóveis não há risco de que a fotografia fique desfocada.
Imaginemos agora que estamos querendo fotografar um ciclista profissional, que se movimenta a 50 km por hora.

(Imagem 4) Ciclista em competição de “mountain bike” em Córdoba (Espanha)
Isso significa que ele percorre quase 14 m por segundo, assím usando exposição de um segundo, o ciclista na fotografia aparecerá como ralado colorido.
Usar um segundo de exposição é excesivo, porem reduzindo para 1/250 de segundo, o ciclista vai se mover 14m/250 = 0,056 m, ou 5,6 cm e com essa exposição, o ciclista aparecerá quase nítido na fotografia (Imagem 4).
Porem, se desejarmos que ele fique “congelado” na fotografia, é só disparar a fotografia com exposição de 1/2500 de segundo, porque o ciclista somente se deslocará 0,56 cm.
Recomendo fazer testes com outras velocidades de obturador, ou tempo de exposição porque como sempre, praticar é a única forma de assimilar esta técnica.
2.- A abertura do diafragma como afeta às fotografias
Muito bem! Ate aqui só falamos de como, a velocidade do obturador (exposição), afeta a como fazer fotografias de ação. Assumindo que simultaneamente, foram ajustadas: abertura do diafragma, e sensibilidade ISO do sensor. Isto é absolutamente necessário para manter o Triangulo de Exposição.
É claro que quando fazemos uma fotografia, com uma velocidade de obturador de 1 segundo, e a seguir a mudamos para 1/500 de segundo, devemos modificar os ajustes tanto da sensibilidade ISO, quanto a abertura do diafragma, para manter a exposição apropriada. Recomendo ver este artigo para aprender mais sobre exposição.
A abertura do diafragma e a sensibilidade ISO produzem um efeito muito notável, no resultado da fotografia. Naturalmente, se fechamos o diafragma estamos diminuindo a passagem da luz que incide sobre o sensor e, portanto, será necessário aumentar a sensibilidade ISO.
Trataremos que as fotografias tiradas após essas alterações, tenham boa qualidade. Não sejam escuras por subexposição, nem muito claras “queimadas” por excesso de luz.
Estes ajustes dependeram da luminosidade da lente da câmera, ou seja, é de (f/1.4), ou (f/4.5) menos luminoso. Isto obrigara usar um ISO diferente, e velocidade de exposição apropriada.
Faço esta indicação porque quando a luminosidade da lente seja baixa, precisará usar um ISO mais alto que afetará a geração de ruído nas imagens. Por isso é importante trabalhar com lentes luminosas (f/1.4), sempre que possível.

(Imagem 5) Efeito da variação da velocidade de exposição. Esquerda 1/60, centro 1/125, direita 1/400 se aprecia o jato passando de continuo a gotas congeladas.
Variando os elementos que criam a imagem (exposição, sensibilidade ISO, e diafragma), conseguimos diferentes resultados fotográficos, com uma mesma composição, como se aprecia na (Imagem 5).
3.- A sensibilidade ISO
A sensibilidade é uma variavel que afeta à qualidade da fotografia, quando por falta de luz se aumenta o número ISO, porque surge o problema de geração do odioso ruído, estragando a qualidade da imagem.
É importante entender que usar sensibilidade ISO alta deve ser uma decisão de “último recurso”, porque as imagens terão pior qualidade. Assim, quando seja impossível melhorar a iluminação do cenário, nem compensar essa falta de luz, acrescentaremos a sensibilidade ISO.
Porem antes esgotará outros ajustes da velocidade do obturador, e da abertura do diafragma, para compensar a falta de luz. Sempre temos alternativa para não ficar pendentes da sensibilidade ISO, e da abertura de diafragma.
Quer dize, na câmera selecionar o modo semi-automático e prioridade à velocidade do obturador. Isto permite “brincar” com a velocidade de exposição, e a câmera fixa automaticamente as variáveis, sensibilidade ISO e abertura do diafragma.
Veja as instruções no manual do usuário da sua câmera para saber como selecionar este modo. Dependendo da marca da câmera, o dial de ajustes indicará “S” ou “Tv”.
4.- Praticar fotografia de ação
Fotografos amadores e profissionais, tarde ou cedo vão fazer este tipo de fotografia, portanto, pratiquem para saber como fazer fotografias de ação.
Olha! É dificil saber a velocidade idônea do obturador para “congelar” a imagem do objeto fotografado. Trata-se de avaliar a velocidade do objeto, a direção e distância em relação à câmera, e distância focal da lente.
Mas, caro amigo! Quando você conhecer isso tudo, provávelmente o objeto que você ia fotografar desapareceu, e ainda está-se perguntando, como foi?

(Imagem 6) Borboleta catando pólen das flores
Aconselho que comece a praticar este tipo de fotografia, testando velocidades de exposição, sensibilidades ISO, e aberturas de diafragma. Analise os resultados e afine cada vez mais essas combinações, ate conseguir um bom nível de qualidade.
A imagem digital registra, velocidade de exposição, sensibilidade ISO, e abertura de diafragma, usados para fazer cada fotografia. Essa informação toda permite avaliar quais ajustes produzem os melhores resultados.
Pode acreditar que este é o melhor caminho para chegar a ter um bom domínio desta técnica fotográfica. Praticando você estará pronto para usá-la com a rapidez necessária, para captar as fotografias desejadas, no lugar e instante precisos.
5.- Conclusão
O cabeçalho deste artigo, como fazer fotografias de ação, sugerente para os que desejam captar imagens de objetos em movimento.
Meu conselho é pratique muito para dominar esta técnica, porque vai-lhe proporcionar muitas satisfações.
Acredito que tanto explicações como exemplos, sejam esclarecedores, para transmitir os conceitos a você, e que possa aplicá-los na pratica.
Caso não conseguí esse objetivo, por favor, me deixe seu comentário e com prazer responderei às vossas dúvidas.
Obrigado por ter chegado até aqui. Se gostou deste artigo, ficarei muito grato se o compartilha com colegas e amigos. Até o próximo artigo!